A mochila do trovador
Ocorrem reencontros com almas livres, na confusa franja das ruas. Por esse mundo de desvairadas multidões...
Aquele poeta callejero vociferando aos vadiantes. A batucar as botifarras no pavimento, para ritmar as trovas. No sobe-e-desce das Ramblas.
Continua nos ouvidos do contador desta história
E quando um português, de passagem, lhe prestou atenção, o poeta estacou, para perguntar o que fazia o outro na vida.
Professor!
Professor?! Logo o selou como hermano, com um palmadão nas costas. E vamos ao que interessa!
Sacou da mochila... Pois, ali estava!
Comprando- lhe um daqueles seus libritos de poemas, ajudá-lo-ia a sobreviver e, como propina, seria até portador de uma especial mensagem para os seus alunos, em ...?
Sintra!
Negócio fechado!
Quando no regresso à Escola, o viajante prestou contas do recado, ouviu de réplica :
- Professor, queremos ir consigo a Barcelona! Agradecer a esse gajo!
Breves são os sonhos....
O Poeta Callejero !
Quantos anos mais teria tal gajo andado pelas Ramblas? A bater no chão e a tirar sustento da mochila?
E dos então jovens de Sintra, alguém se lembrará, hoje, da sua mensagem de Paz, Esperança e Fraternia?
Não importa se esqueceram o mensageiro.
Sintra, 21-3-2022
Que pena não ter sido tua aluna, Mestre. Belos encontros.
ResponderEliminarObrigada pela frescura impressionista.
Aqui não ha ha lugar para mestres.... O segredo é como dizem os entendidos, "tomar tento e assento!". O que não é fácil.
ResponderEliminarÉ tarde para me concentrar nestas fantasias, porém não vós quero dar lixo.
Aceito protestos. Agradeço até.
Abraço , Marilisa.
PS: há para aí umas linhas, escritas nem sei quando, que talvez gostes de ler. Aguarda envio.