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domingo, 13 de novembro de 2011

Cem anos, minha mãe

Já cá não estás e eu não sou de mandar mensagens para as terras do Nada.Quero, no entanto, que fique registado como antecipei em semanas o dia do teu centenário.
Nasceste ontem, minha mãe. Coeva da primeira Constituição da República. Há meses vinha pensado numa celebração condigna, duvidoso do interesse dos outros pela efeméride. Diria ao meu irmão, se não me esquecesse...E então não é que esqueci mesmo, e ele também. Olha que até falámos um com o outro, desculpa, não foi por mal!

Apagou-se-nos, Mãe. Nem com ele nem com ninguém falei do assunto. Claro que não teria valido a pena, eu sei.
Mas enquanto viveres na minha recordação, saberás que o primeiro copo de água-pé deste ano o bebi contigo, ontem. Deliciosa libação, à tua memória.