No regresso de uma exposição de Henri Fantin-Latour, na Gulbenkian.
Um dia falaste-me da sombra daquela faca, Marilisa. Desequilibrando-se da mesa.
"A sombra vale todo o quadro!", era a tua etiqueta.
E aqui? Foi a faca que rasgou desejos, naquele figuinho pingo-de-mel? Ou foi a roda-livre da memória? De uma tarde, em 2009.
É que a foto estava afogada neste baú...
Recordo as árvores, a tranquila colheita dos frutos mas varreu-se-me a sombra da mão que os colheu, os pós ao meu alcance...
Quem me afagou então os sentidos?
2009-2022.
Aqui tens, querida Marilisa Crespo.
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