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sexta-feira, 29 de abril de 2022

ESCREVIVÊNCIAS 2.12 Arranjei um amigo

 Saltei o valado!

Casal dos Labaças. Ou das labaças?  Já não importa ir procurar. Sítios que se deliram no meu imaginário. Sítios do nunca mais. Que alívio!

Era por ali a propriedade dos meus  avós Maronas, como já disse. 

Foi por ali e por lá comecei eu a ser criança. A sentir os limites do espaço e o apelo da debandada....À menor oportunidade.


Uma tarde, antes do casamento, da Ilda Direitinho com o  Joaquim Caetano.

O que era aquilo?

Saltei o valado da Texugueira, intrigado pelo ruído do tractor. Caminhei ao longo do rego da charrua, até que o Joaquim Caetano me descobriu, parou e convidou a trepar para a máquina. Dei uma volta, encantadora. Guardo dessa viagem um odor estranho de  leiva e combustível . Irrepetível!

 De repente, vejo a minha avó Gertrudes, a gesticular, no sítio da Oliveira Santíssima. Do palheiro dos bois, no casal dos meus avós, alguém me vira fazer aquela incursão na Texugueira. 

Rapazinho em fuga? Era só o que faltava!

Fui reencaminhado para os limites do terraço. Entre a casa-de-fora e a casa do forno. Que me contentasse com os relinchos, os mugidos, os cheiros dos animais.

Deixá-lo!

 Tinha acabado de confirmar um amigo. 

O Joaquim Caetano!

***

..

 


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