domingo, 11 de outubro de 2009
A paz de Obama
No passado não resultou. Daí que laureados se reafirmaram belicistas, como quem assobia para o lado. Percorram a lista e escolham.
E no entanto, Obama é diferente. Eu quero que seja diferente e que o Prémio faça realmente sentido. Para a humanidade. Que desta vez seja a valer. E que amanhã não se tornasse tarde demais.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A casa da Achada
sábado, 26 de setembro de 2009
Ocupação: arrumador
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
- Aos poucos vai a Europa diluindo as arrogâncias e humilhações que determinaram a mortandade da Segunda Guerra. Nestes últimos vinte anos, temos feito alguns progressos pro-dignidade, embora os arsenais não se esvaziem e os guerristas proliferem. Como se o tempo nada tivesse ensinado à cada vez mais ameaçada espécie humana. A tal que a salvar-se ou extinguir-se, depende dos tratos que continua a infligir ao Mundo.
Nascido em 44, convivi ainda com meses de guerra viva e tive consciência, por terceiros, da miséria a que poderíamos ter chegado. Até ir para a escola primária, tremia de pavor, antes de adormecer, com a figura do que quer que se chamasse guerra. E na minha família ainda sobejava, pouco embora, na arca, talha e salgadeira.
À saída do ensino primário, já me haviam afeiçoado a ideia de justiça pela guerra, embora nunca me tenham explicado como. A história gloriosa penetrava-me a fantasia infantil. Passei ao lado de beligerâncias, sem ter compreendido bem porquê. Assisti ao rompimento de impérios, sempre na convicção de que no dia seguinte haveria uma iluminação de consciências redutora de todos os conflitos. Mantenho a ideia de que a humanidade poderia organizar-se sem exércitos nem milícias.
Setenta anos depois. Meus pais haviam casado em Junho, pelo S. Pedro. Na geração dos meus avós fora-se ou não às trincheiras. A mortandade de Espanha nas conversas de namoro. A invasão da Polónia dois meses depois.
domingo, 30 de agosto de 2009
Dois crimes. Um, dos meus tempos de rapaz e que tanto gozo me deu. Teria então bebido uma cervejeca com o autor do assalto ao "correio" inglês. O mesmo que, curtida a pena de décadas, hoje se insurge contra a libertação de Megrahi, o Líbio. Em dissonãncia com Mandela, apoiante da decisão tomada pelos Escoceses. Tomada por quem ? São cada vez mais obscuras as razões e autorias deste presente enviado ao coronel Kadhafi.
O outro, é inqualificável. Que se brinque com o dinheiro do Estado ou dos contribuintes, vá lá, desde que se aplique a medida grossa às espertezas dos Madoffs. Ou dos suspeitos cá da nossa terra. Centenas de vidas humanas por uma ideia ou uma parcela de fé, nunca. É isto que nos humilha como espécie, sem redenção no Progresso.
Interrogo-me. Quantas vezes a justiça se enganou? E ainda: o que leva o Líbio, em fase terminal, a reclamar inocência, e reinvestigação do crime? Será tudo isto uma farsa? Ou a verdade será fulminada pelo cancro da próstata? A verdade terminal.